PF prendeu três pessoas e destruiu 131 balsas de garimpeiros

PF prendeu três pessoas e destruiu 131 balsas de garimpeiros

Policiais federais prenderam três pessoas e inutilizaram 131 balsas durante a operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, no estado do Amazonas, no fim de semana.

Nas últimas semanas, centenas de balsas e dragas atracaram em um único ponto do Rio Madeira, para exploração em massa de ouro. Eles formavam uma espécie de vila flutuante, em frente a uma pequena comunidade ribeirinha.

Na semana passada, segundo o Greenpeace, havia ao menos 300 balsas na região, sem licença ambiental para mineração. Os garimpeiros se dispersam do local na sexta-feira (26), mas alguns continuaram operando de forma ilegal.

A Polícia Federal não informou quanto ouro foi apreendido e o que foi feito com as outras balsas. Não há informações também sobre outras pessoas que estavam nas balsas e não foram presas nem como será feita a fiscalização da área depois da operação.

TCU apura possível omissão do governo federal

O Ministério Público de Contas acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar uma possível omissão de órgãos fiscalizadores no combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira. No requerimento, o Ministério Público pede que a apuração seja voltada, especialmente, para a atuação da Polícia Federal e Marinha do Brasil.

As autoridades do governo federal e os órgãos de fiscalização se mobilizaram para atuar na região após a repercussão das imagens da aglomeração de balsas de garimpeiros. Porém, imagens feitas pelos próprios infratores mostram que estavam descendo o rio para local há pelo menos quatro meses.

Amazônia tem mais de 4 mil pontos de garimpo ilegal

Milhares de garimpeiros exploram o rio Madeira, que nasce na porção boliviana da Cordilheira dos Andes e atravessa mais de 3 mil quilômetros por Rondônia e Amazonas. Eles se dirigiram para Autazes depois que circulou a informação de que havia muito ouro naquele ponto do rio.

Um estudo recente, publicado em dezembro de 2020 pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), estima que a Amazônia tinha 4.472 pontos de garimpo ilegal identificados, sendo mais da metade, ou 2.576, atuando em território brasileiro.

Fonte: O Tempo

Valdecir Pereira

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