Médico do Cariri é acusado de posse sexual mediante fraude por pacientes

Médico do Cariri é acusado de posse sexual mediante fraude por pacientes

Os repórteres Toni Sousa e Guto Vital, da equipe de reportagem audiovisual do Site Miséria, estiveram em Juazeiro do Norte com a professora Meyreslande Moreira e a estudante Mariana Cavalcante que denunciam o médico acupunturista Cícero Agra por comportamentos de cunho sexual durante os atendimentos.

Meyreslande Moreira afirmou que o médico realizou uma massagem muito ousada e que causou incômodo e constrangimento “ele ainda me deu um tapa no bumbum, além de ficar fazendo perguntas sobre a minha vida, se tinha namorado, se tava sozinha, se morava alguém comigo”.

O médico denunciado, Cícero Agra, é anestesiologista, acupunturista, e servidor público federal como perito médico da previdência social. Na época dos atendimentos, o acusado era o único profissional habilitado pela empresa Unimed para realizar acupuntura na região do Cariri.

Mariana Cavalcante relatou um caso ainda mais grave enquanto estava na sala do médico, “ele me virou e botou a boca no meu peito, foi que eu empurrei ele e fiquei sem reação, eu não sabia se eu contava pra minha mãe, o que eu fazia”, conclui.

 Foto: Guto Vital/Agência Miséria

O advogado das vítimas, Aécio Mota, afirmou que o caso foi representado no Conselho Regional de Medicina (CRM) e que está acompanhando o inquérito policial. “No curso do processo a gente percebeu que ele já havia sido denunciado outras vezes mas acabou não dando andamento as denúncias”, relata.

Assista:

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) afirmou que o inquérito foi finalizado e remetido à Justiça. Enquadrado como denúncia de posse sexual mediante fraude, que de acordo com o Art. 215 se caracteriza como ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude, a Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-Crato) está investigando o caso.

À equipe de reportagem do Site Miséria, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC) Seccional Cariri informou que recebeu o relato do caso e o encaminhou para a sede de Fortaleza. Tentamos contato com a Assessoria de Imprensa da Unimed, mas não obtivemos sucesso até o fechamento desta matéria. O médico Cícero Agra não quis conversar com nossa reportagem e afirmou que qualquer pronunciamento seria através de seus advogados. Entretanto, seu advogado não quis falar com a nossa reportagem.

Por Yanne Vieira
Com Parceria Site Miséria.com.br

Valdecir Pereira

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